domingo, 15 de maio de 2011

ALTERNATIVAS PARA O TRÂNSITO DE RIO PRETO

Ainda que guardando em si a provincialidade faroéstica de Dallas, Rio Preta já faz um carão de megalópole quando resolve se enfeitar de engarrafamentos pelas suas principais vias de forma tão contínua ao longo do dia. O transporte público já é bem desacreditado e hoje deu no Bom Dia que o Moto Taxi virou alternativa para aquela Luzia, cujo único nome que a gente não chama é de Santa. Pesadelo é compartilhar a rotina com esses ônibus seja por dentro ou por fora. Para quem pensa que pode, o carro é a forma mais digna de se locomover de um lado para outro, por mais patético que seja pensar que aquele engarrafamento enorme não aconteceria se cada um dos solitários motoristas em seus carros estivessem atravessando aquele cruzamento a pé. Não ocupamos tanto espaço assim no mundo como pessoas, mas entupimos as vias públicas para ostentar o que temos. Para quem já sacou o presente de grego que se tornou ter um carro hoje em dia, mesmo sem termos mencionado os impostos e a dificuldade no estacionamento, vamos sugerir três alternativas para que você exerça o seu direito de ir e vir de forma mais digna, plena e, lógico, rápida.

A - DOWNLOAD HUMANO

O que parecia ser a fantasia mais inimaginável já é uma realidade em algumas lan houses de São José do Rio Preto que disponibilizam uma tecnologia superior à da própria holografia. Por meio da conversão das suas moléculas humanas em media carregável e conduzível em fibra ótica, já é possível para um corpo humano de peso inferior a 70 quilos fazer a distância do Dahma até a Débora Cristina em até quatro minutos conforme a velocidade da conexão. Já estamos loucas fazendo a dieta do Edi para a lua para poder aquendar o serviço. Estima-se que em menos de um ano qualquer pessoa de até duzentos quilos poderá viajar e haverá downloads possíveis de serem feitos com acompanhante.

B - VERTICALIZAÇÃO DO TRÂNSITO

Para quem tem uma importância superior à dos pobres mortais que se enfileiram em frente aos semáforos, a alternativa é mesmo passar por cima. Hoje o privilégio é de poucos, como o cantor Marrone, que optou pelo helicóptero por medo de avião, a exemplo do Belchior. Para quem habita os apartamentos do centro, o silêncio à noite, que nunca foi uma realidade, se distancia cada vez mais da nossa vida com a nova aquisição da polícia, que ainda voa alto demais para proteger nossas pequenas carteiras da bandidagem motorizada. Trata-se de um grande patrimônio para proteger grandes patrimônios. Porém, estima-se que em menos de dois anos o serviço de táxi aéreo já estará disponível na cidade, além do aluguel de naves para pequenas distâncias, como para cruzar a rodovia Washington Luís na hora do rush ou a Andaló e Baddy Bassitt em dias de chuva. Os prédios de apartamentos mais sofisticados da região já estão instalando heliportos sobre suas coberturas para que os moradores possam no futuro estacionar os seus.

C - VEGETALIZAÇÃO

Assim como as maiores metrópoles brasileiras, São José do Rio Preto também dispõe de ambientes relativamente pequenos e protegidos onde os seres humanos mais sedentários conseguem levar uma existência plena e satisfatória sem ter que se locomover a outros locais em busca de alimento, entretenimento e mesmo educação. Condomínios fechados e Shopping Centers são exemplos de locais com tal potencial. Aqui na terrinha, todos os dois principais Shoppings da cidade estudam a disponibilização de apartamentos e mini-bairros indoors para aquelas pessoas que não planejam deixar o interior do shopping, onde você tem tudo o que você precisa sem ter de consumir combustível para ir daqui para ali. No mesmo espírito estão os idealizadores de três novos condomínios na cidade que já trazem consigo desde a maternidade para o nascimento dos seus filhos, escola, restaurantes, supermercados, hospitais e até mesmo o cemitério, para que seus habitantes não tenham a necessidade de arrochar ainda mais o nosso trânsito. Entretanto sabemos que não há limites para a compulsão de se usar um veículo para os deslocamentos mais curtos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

AS AGREGADAS MARCHAM

Nossa nova incursão cênica foi inspirada em coros gregos clássicos para dar voz à mensagem do GADA sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. As fotos que acompanham o post trazem nossas máscaras e figurinos inacabados em pleno processo de estréia gentilmente fotografados pelo nosso querido Ricardo Boni, empreitada defendida veementemente pela diva Fernanda Peixe, tomando lugar do topo do nosso quartel general do alto do coração de Rio Preto.
O babado rola em menos de dez minutos. Sexta você nos aquenda na fila e na área de fumantes do Enquanto Houver Lua, O Lugar. A hora não é muito precisa. Depois, a gente continua por aí onde você ferve, ou logo em frente. Aquenda, falei.


domingo, 8 de maio de 2011

ARTE NO BUTRECO


Aí estamos nós correndo dos vizinhos barulhentos da noite de sexta-feira e nos refugiando numa balada super civilizada que rola no alto da Boa Vista. A ocasião é a exposição do nosso amigo Ricardo Boni, que decorou o lugar com alguns dos momentos mais inesquecíveis de vários shows que ele fotografou. Para a gente, isso também foi um deleite, porque são imagens que mariconas caseiras avessas às aglomerações de um show, como eu, não terão na vida oportunidade de ver ao vivo. Logicamente, tudo isso não passou de uma desculpa para uma bebelança com os amigos na noite de sexta.

A primeira dama do artista em questão é de uma perspicácia à prova de álcool. Fernanda Peixe acompanhou grande parte dos nossos devaneios noturnos, além de todo o evento naquela noite. Um instante de papo, e todas as emoções, cores, luzes e cheiros da presença Janis Jóplinica desta dinamiquíssima figura nos rendem irreversivelmente à sua espirituosidade pessoal.


Tais circunstâncias somadas à quantidade de Bohemia gelada que todos aquendamos lá estimularam um debate ultra produtivo sobre diversos pontos da anatomia galinácea, os monólogos coletivos sobre assessoria de imprensa e o futuro da arte em Rio Preto e da energia atômica no universo. O ambiente é bacana e fomos praticamente os menos bonitos a pisar lá naquela noite.

As fotos seguem lindas nas paredes do Butréco por tempo indeterminado ou ao menos até quando iniciarem uma breve reforma para melhor atendê-los. O barzinho fica na Boa Vista, quase no topo da Pedro Amaral. Ao lado deste post, você aquenda alguns dos super takes.