sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

QUIZ DA ARROGÂNCIA

Pessoas como eu e você são arrogantes porque nascemos após 1980 e, portanto, constituímos a geração Y. Fomos crianças que cresceram sem os ritos familiares necessários para interiorizar de forma orgânica os princípios da hierarquia e da autoridade, fundamentais para o funcionamento de qualquer sistema corporativo. Fomos mimados desde a infância por pais que temiam igualar-se aos avós, tão rígidos, modelo que eles acreditavam ser inadequado naquela época. Hoje somos profissionais com dificuldade de receber qualquer espécie de feedback negativo, respondões, arrogantes e mau educados, comprometemos a harmonia da convivência no ambiente de trabalho com a nossa insolência, e cada vez mais temos que nos empenhar em parecer tecnicamente impecáveis para evitar que a equipe e os patrões fiquem de saco cheio e nos coloquem no paredão, de tão insuportáveis que nos tornamos. Foi para investigar os traços mais comuns da Geração Y, mesmo para quem ainda pertence à X ou para quem já faz parte dos grupos do KY que desenvolvemos este QUIZ. Vamos determinar o quanto você se insere na categoria acima citada. Se joga, sua egípcia!

1 - COMO VOCÊ VÊ OS SEUS SUPERIORES?

A – Seres que copiarei no intuito de ser como eles, ter o que eles têm e ocupar a posição que eles ocupam no futuro.

B – Não acredito em vida superior à minha.

C - Uns otários dos quais dependo temporariamente até que me aposente.

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2 – Como você se sente ao interromper algo importante que está envolvido para atender a alguma solicitação inesperada de seu superior imediato?

A – Sinto-me aliviado em poder enfim realizar tudo o que realmente importa em minha organização, que é a vontade de meu superior.

B – Qualquer coisa que interrompa a monotonia do meu ato de trabalhar será bem vinda.

C - Tenho ímpetos de agredi-lo(a). Limito-me a salientar a insignificância e a impertinência da requisição por meio de algum comentário irônico.

3 - QUAL É O SEU PAPEL DENTRO DA HIERARQUIA DA EMPRESA ONDE TRABALHA?

A – Servir, servir e servir.

B – A peça fundamental sem a qual nada nessa firmazinha funciona.

C - A última bolacha do pacote.

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4 - VOCÊ CONSIDERA A SUA ATITUDE ARROGANTE PARA COM SEU CHEFE E/OU SUBORDINADOS?

A – Me auto-flagelarei e depois jogarei uma salmoura em cima se meu superior imediato sentir qualquer traço de arrogância em quaisquer de minhas servis atitudes.

B – Arrogância não combina com a retidão espiritual de meu caráter perfeito.

C – Esses miseráveis não tiveram de mim nem um décimo do que merecem.

5 - O QUE É SER ARROGANTE PARA VOCÊ?

A – É ser insuportavelmente insubordinado, como tantos que eu conheço, indiferentes ao amor absoluto que devemos sentir pelos nossos superiores diretos.

B – Algo completamente avesso à extrema modéstia e profunda humildade que fazem parte da grande excelência do meu perfeito ser.

C – É ser eu cuspido e escarrado, não nego. Sofro pouco sabendo como sou, e tenho consciência tranqüila de que a incompetência encontra vários subterfúgios para se melindrar contra a verdade que não suporta.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PRIMEIRA PARADA DO ORGULHO LGBT DE ANDRADINA

A primeira parada gay de Andradina partirá de frente ao shopping, perto do grande sutiã, marco da cidade, para os desavisados que passam pela Rondon. O horário mais conveniente é o final da tarde, já que o trajeto pela Avenida Guanabara logo depois do almoço é muito quente e ensolarado, e ainda mais por ser uma subida, faria grudar as plumas das echarpes no suor dos nossos pescoços.

O público estimado para o evento é de cerca de dez mil pessoas, entre gays, lésbicas, transexuais, travestis e simpatizantes. Embora a cidade certamente conte com o número estimado de entendidos entre seus habitantes, o sucesso de tal parada será devido à posição central de Andradina em relação às outras localidades. Virão bibas de Murutinga, Castilho, Itapura, Mirandópolis, inclusive da colorida Ilha Solteira, cuja cena gay tem potencial para fazer frente até mesmo a Três Lagoas, onde já há alguns bares LGBT se estabelecendo discretamente. A verdade é que as gerações de pessoas que engrossam a população diversificada da Terra do Rei do Gado ainda se escondem no aconchego da sala de bate-papo, em que Andradina se desponta como um grande centro de convergência, em que as mais enrustidas se poupam dos riscos da exposição de sua bichice interiorana. A partir da incorporação da parada gay de Andradina no calendário de eventos da região, novas atitudes com relação à identidade que já existe vão se desenvolver entre a população que se mantém no armário.

O desfile de trios elétricos e tropas de peões seminus montados em alazões imponentes, remontando os carentes tempos dos pioneiros, distantes de suas famílias, desbravando as matas fundas desses sertões, seguirá até o Centro Cultural, onde haverá a concentração, com a execução da versão dance do hino de Andradina, DJs, shows de drags convidadas de grandes centros, como Araçatuba, além de gogo boys indicados pela própria cultura.

É certo que as primeiras edições do evento ocorrerão patrocinadas com verba pública, mas em breve toda a renda proveniente da única forma de turismo que dará certo nesta árida noroeste, despertará o interesse dos empreendedores locais, que disputarão exclusividade nos investimentos em atendimento especializado no ramo.

Bibas de Andradina! Vocês sabem exatamente o quão divertida a sua vida pode ser? Imaginar já é um primeiro passo para que aconteça: parada do orgulho gay de Andradina, já!